BOAS VINDAS

"SEMPRE DEVEMOS RECONHECER O LADO BOM DAS COISAS, APROVEITANDO-AS EM SEUS MÍNIMOS DETALHES.

E... SE DOEU POR ALGUM MOMENTO É PORQUE VALEU A PENA ESTARMOS ...VIVOS!"

29 de março de 2011

Salvador faz aniversário em meio a caos nas suas contas

Aniversário de Salvador


Capital da Bahia completa 462 anos com crise nos serviços públicos. Apenas em 2010, rombo chegou a R$ 276 milhões


Terceira maior cidade do Brasil, Salvador completa 462 anos nesta terça-feira (29) em meio a uma crise financeira sem precedentes, que afeta a prestação de serviços públicos e a popularidade do prefeito João Henrique (PP).
A capital baiana fechou 2010 com um rombo de R$ 276 milhões em caixa, o equivalente a cerca de 10% da arrecadação do município. Ou seja, sem dinheiro para pagar obrigações financeiras de curto prazo. É a pior situação de disponibilidade de caixa entre as 17 capitais com dados finais de 2010 disponíveis no Tesouro Nacional. As que ainda não tem os dados finais de 2010 são: Boa Vista, Brasília, Cuiabá, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Palmas, São Paulo e Teresina.
A situação repetiu roteiro de 2009, quando o TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) do Estado rejeitou as contas da prefeitura. Na ocasião, o órgão alertou para “sintomas preocupantes de desequilíbrio [financeiro] que poderão afetar a solvência da prefeitura”. A insolvência ocorre quando a venda do patrimônio não é suficiente para cobrir dívidas.
Multado em R$ 5.000 pelas irregularidades, o prefeito João Henrique aguarda julgamento de recurso no TCM. Se a rejeição for mantida no tribunal e na Câmara Municipal, poderá ser declarado inelegível. Já as contas municipais de 2010 ainda não foram analisadas pelo TCM.
“A situação fiscal do município está se agravando, em um momento em que há aumento de despesas gerais e de despesas com pessoal e com terceirizados”, afirma Antônio Souza, técnico do TCM. As despesas de Salvador subiram 15,3% de 2008 para 2009, mais do que o dobro do avanço da arrecadação no período, de 6,5%. Outros indicadores, como dívida e gastos com pessoal, estão dentro dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Razões do rombo
Para especialistas consultados pela reportagem, contudo, os problemas financeiros de Salvador não podem ser debitados apenas na conta do atual prefeito. Isso porque resultam também de fatores históricos, como baixa capacidade de arrecadação, descaso das elites políticas com a cidade e falta de planejamento nas gestões, apontam especialistas.
“O problema é a pobreza da população de Salvador”, destaca Sérgio Furquim, presidente do IAF (Instituto dos Auditores Fiscais) da Bahia.
Uma comparação com cidade de porte semelhante, como Belo Horizonte, ajuda a entender a situação. Embora tenha carga tributária apenas 12% superior a de Salvador, a capital mineira tem uma receita disponível 68% maior. Isso ocorre porque Salvador é mais pobre em termos absolutos: o PIB de BH é 42% maior. Com isso, a capital baiana dispõe de quantidade menor de recursos arrecadados por cidadão.
Soma-se a esse fator uma certa cultura antitributarista da cidade, avalia o cientista político Paulo Fábio Dantas, da Universidade Federal da Bahia. “A classe média de Salvador se desenvolveu achando absolutamente normal gastar R$ 500 por mês de conta telefônica, mas considera absurdo pagar R$ 600 por ano de IPTU. Isso tem vínculo com uma falta de autoridade política do poder municipal [para promover reformas tributárias]”, diz.
Reflexos da crise
As dificuldades de caixa impactam o cotidiano da cidade, que é uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 e se candidatou a abrigar a abertura do torneio. Entre as conseqüências mais visíveis nos últimos meses estão a precarização de serviços públicos, como coleta de lixo e recuperação de vias, e o aumento de movimentos grevistas no funcionalismo municipal.
“Os serviços públicos estão entre regulares e ruins. As ruas estão completamente esburacadas”, avalia o urbanista Lourenço Mueller.
Desde janeiro deste ano, ao menos oito categorias de funcionários públicos municipais (servidores do Programa de Saúde da Família, Samu, guardas municipais, agentes de trânsito, servidores de Serviços Públicos e de Obras Públicas, salva-vidas e Defesa Civil) promoveram ou ameaçaram greve. Em fevereiro, a Justiça do Trabalho penhorou R$ 2,3 milhões das verbas de patrocínio do carnaval arrecadadas pela prefeitura, para pagamento de dívida de 1993.
A cidade lidera outros indicadores negativos. É campeã nacional em crescimento de homicídios entre as capitais, com avanço de 404% nos números absolutos de 1998 a 2008. Também registrou a maior taxa de desemprego (10,3%) em fevereiro entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.
Crise gera instabilidade política
As dificuldades financeiras de Salvador se refletem no campo político. Segundo pesquisa do instituto Datafolha, o prefeito João Henrique atingiu seu recorde de avaliação negativa em dezembro de 2010. De acordo com o instituto, a gestão é aprovada por apenas 18% dos soteropolitanos, contra 34% que consideram o governo regular e 45% que o avaliam como ruim ou péssimo.
Eleito em 2004 pelo PDT, com apoio do PSDB, João Henrique se aproximou do PT do governador Jaques Wagner e se reelegeu em 2008 pelo PMDB. Vivenciou forte crise política na virada do ano, quando teve as contas rejeitadas e ficou temporariamente sem secretário da Casa Civil e líder na Câmara. Deixou o PMDB trocando críticas com o grupo de Geddel Vieira Lima, que lidera a sigla no Estado, e ingressou neste mês no PP, principal aliado de Wagner. A relação com o vice, Edvaldo Brito (PTB), é ruim.
“É difícil separar nessa crise quais são os aspectos políticos, administrativos e financeiros. O que fica cada dia mais claro é que não se trata mais de uma crise da prefeitura, mas de uma crise da cidade, de grandes proporções”, afirma Paulo Fábio Dantas.
Para o cientista político, a cidade nunca foi prioridade para as elites políticas baianas, que sempre a usaram como ponte para alcançar o poder estadual. “E o problema de João Henrique não é que ele produziu a bancarrota da prefeitura, mas o fato de ter se conduzido até aqui como se ela não existisse”, diz.
E a crise, avalia o especialista, tem “componentes explosivos”: o “agravamento drástico de uma situação financeira que vem de muito tempo, uma indigência administrativa terrível, uma ausência completa de firmeza de propósitos em qualquer direção e uma cidade desprotegida politicamente”.
Outro lado
Procurada pela reportagem há mais de um mês, a Prefeitura de Salvador não se manifestou. O primeiro pedido formal de entrevista com o prefeito João Henrique foi encaminhado por e-mail em 24 de fevereiro.
Após vários contatos telefônicos, novo e-mail foi enviado em 16 de março. A pedido da Secretaria de Comunicação, a reportagem especificou as perguntas em mensagem encaminhada em 24 de março, seguida por novos contatos telefônicos reiterando o pedido. Não houve, contudo, resposta até a noite de segunda-feira (28).

    Doença do laptop dá dores nos punhos, cotovelos e costas

    Má Postura

    JULLIANE SILVEIRA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA




    O uso prolongado dos notebooks tem aumentado os casos de dores e lesões em ligamentos e articulações.
    O formato do aparelho dificulta uma boa postura durante a digitação e pode causar problemas nos ombros, cotovelos, punhos e na coluna, além de dor de cabeça.
    Preocupado com a popularização dos PCs portáteis entre estudantes norte-americanos, o especialista em reabilitação Kevin Carneiro, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), cunhou o termo "laptoptite" em analogia a doenças como a tendinite para designar os problemas causados pelo aparelho.
    "A diferença para os desktops é que, no notebook, o monitor e o teclado estão conectados, o que dificulta o posicionamento do corpo", disse Carneiro à Folha.
    No Brasil, a tendência é a mesma. Em 2010, as vendas de notebooks superaram pela primeira vez as de desktops _foram vendidos mais de 7 milhões de computadores portáteis, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
    A preferência pelos laptops é impulsionada pela queda nos preços e a facilidade no transporte. Os efeitos já são vistos nas clínicas.
    "Recebo muitos pacientes com dores. A maioria dos problemas é de postura. A pessoa deita na cama e quer resolver tudo no laptop: não dá para ficar sem dor", diz Paulo Randal Pires, presidente do Comitê de Mão da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
    A professora universitária Patrícia Alfredo, 29, já sente o ônus da mudança. Trocou o desktop pelo notebook há seis meses e já convive com dor no pescoço, cotovelo e na cabeça e tensão nos ombros.
    "Uso a mesma mesa do desktop e adquiri um suporte. Mas, por mais que eu tente posicionar o computador direito, meu braço nunca fica totalmente correto." Mesmo assim, ela continua usando o notebook. "A tentação é grande, é muito fácil e carrego para todo lado."
    Editoria de Arte / Folhapress
    MENOS TEMPO
    Um estudo publicado em fevereiro na revista "Ergonomics" por pesquisadores da Boston University Sargent College, nos EUA, mostrou que usar o notebook por mais de quatro horas por dia já traz riscos de dores e lesões.
    "O ideal seria usar esse tipo de computador só para emergências e viagens", diz Raquel Casarotto, professora de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP.
    A pesquisa também avaliou o impacto do uso de cadeiras adequadas, suporte e teclado sem fio na redução de dores de 88 universitários durante três meses. O grupo que usou os acessórios apresentou menos problemas.
    Como o monitor do notebook é fixo, não dá para deixá-lo na altura ideal sem a ajuda dos acessórios. No improviso, o usuário força o pescoço para baixo, tensionando ombros e coluna.
    Os punhos também ficam mais tensos, porque é mais difícil apoiá-los no laptop. A posição errada altera a circulação sanguínea e afeta a nutrição dos tecidos, o que pode causar inflamações.
    O ideal é acoplar um teclado ao aparelho, para melhorar a posição das mãos, e usar um suporte para elevar a tela à altura dos olhos.
    A altura das teclas deve permitir que os ombros fiquem relaxados _por isso, o notebook não deve ser usado no colo, na cama ou em mesas altas, como as de jantar.
    Quanto menor o aparelho, maiores são os riscos. Teclas pequenas obrigam o usuário a adotar uma postura restrita, comprimindo músculos e gerando tensão em todo o corpo.
    "Um amigo se encantou com um notebook superpequeno, do Japão. Em três semanas de uso, desenvolveu uma inflamação dos tendões do cotovelo", diz Casarotto.
    Atenção também aos tablets, que devem ficar apoiados em mesas. Segurá-los causa dores nos punhos e nos dedos. Mesmo na mesa, o pescoço fica curvado para baixo, piorando a postura.
    "Ler no tablet não traz riscos, também não é proibido digitar rapidamente. Mas usá-lo sempre para navegação trará problemas, porque o aparelho precisaria ser colocado na vertical, o que é inviável", diz Casarotto.


    Dois de abril é o Dia Internacional do Livro Infantil

    Dia do livro infantil
                                                           O soldadinho de chumbo, uma das histórias imortais de Andersen

    No próximo sábado, 02 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infantil. A data coincide – e foi escolhida por esse motivo – com o aniversário de Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês que inaugurou a tradição da literatura infanto-juvenil, que surgiu a partir do século XVII.  Antes desse período, o que costumamos chamar de contos de fadas, eram coletâneas de histórias para entreter adultos nos salões. Com  Anderson, autor de sucessos que atravessam séculos como A pequena sereiaO Soldadinho de Chumbo e O patinho feio, os contos de fadas e fábulas consolidam uma linguagem acessível e específica para crianças, com o objetivo inicial moralisante, para educá-las através de exemplos.



    Aqui em Salvador, em comemoração ao Dia Internacional do Livro Infantil, neste sábado, às 17 horas, haverá programação na Livraria Cultura (Salvador Shopping), em parceria com a Solisluna Editora. Na programação, tarde de autógrafos dos livros de Débora Knittel e contação de histórias com o Grupo Ereoatá.
    Os livros da autora que serão apresentados no evento são: Margarida Bem-me-quer, ilustrado por Enéas Guerra. Traz texto poético, em forma de versos, que conta o despertar e o transcorrer do dia de uma margarida em seu jardim; Saíra Sete Cores, que conta a história de um passarinho, uma espécie em extinção da Mata Atlântica. As ilustrações são de Naara.



    As obras são lançamentos da Solisluna Design e Editora, criada por Enéas Guerra e Valéria Pergentino em 1993. A editora publica literatura, literatura infanto-juvenil, cultura afro-brasileira, livros técnicos e de arte. Para saber mais detalhes, visite o site: www.solislunadesign.com.br.
    Quem é? Débora Knittel nasceu em Santos (SP), em 1969. Mudou-se para Salvador aos sete anos com a família, onde reside com o marido e dois filhos. A escritora é formada em Pedagogia e especializada em Psicopedagogia.
    SERVIÇO:
    Tarde de autógrafos dos livros Margarida bem-me-quer e Saíra Sete Cores e contação de histórias com o Grupo Ereoatá.
    Quando: 2 de abril, sábado – Dia Internacional do Livro Infantil, às 17h
    Onde: Livraria Cultura Salvador Shopping (Av. Tancredo Neves, 2915 – Caminho das Árvores. Fone: 71 3505- 9050)
    Nº de páginas dos livros: 36
    Preço: R$ 42,00 (cada volume)

    Bullying é tema de cartilha lançada pelo Tribunal de Justiça da Bahia

    http://www.atarde.com.br/cidadaoreporter/?p=6310

    Com texto da repórter Bárbara Silveira
    O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) lançou nesta segunda, 28, uma cartilha que auxilia na identificação e combate do bullying.
    A cartilha é uma ação do Conselho Nacional de Justiça, (CNJ), e traz orientações para pais e professores sobre as maneiras de evitar e combater o problema que assombra milhares de jovens e adolescentes, na maioria das vezes, dentro das escolas.
    De acordo com a cartilha do TJBA, o bullying, palavra que ainda não tem tradução para o português, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos que podem ser praticado por meninos ou meninas.
    A violência, que pode ser física ou moral, ocorre de forma intencional e repetitiva, contra vítimas que provavelmente não irão revidar as provocações. De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia, os pais de jovens e adolescentes que são vítimas do bullying podem procurar a justiça para tratar do caso. “A família da vítima deve procurar qualquer unidade da justiça e denunciar a prática do bullying. Após o julgamento, a família do agressor pode receber um alerta pedagógico ou até mesmo ser condenado a pagar multa em dinheiro e o tratamento psicológico da vítima”. explicou o TJBA por meio de sua assessoria de comunicação.
    Em Outubro, a cartilha sobre o  bullying também deve ser distribuída em escolas da rede pública estadual, através de Juizes do Tribunal de Justiça que devem realizar palestras sobre o tema nos municípios baianos. As escolas interessadas no tema podem solicitar as palestras a partir de setembro. Somente nesse primeiro dia, a cartilha alcançou o número de 380 downloads. O documento estará disponível no site do TJBA (www.tjba.jus.br), por trinta dias

    28 de março de 2011

    Primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil, Luislinda Dias Valois dos Santos afirma que ainda existe muito preconceito no País

    http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/58/artigo210952-1.asp

    O título de primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil é apenas um dos que a magistrada baiana Luislinda Dias de Valois Santos somou ao longo de sua carreira no Judiciário.

    Aos 68 anos de idade, 26 anos de magistratura e 51 anos de serviço público, inclusive na área federal, como procuradora autárquica, Luislinda já foi homenageada e premiada em diversas esferas públicas e entidades no País e no exterior pelos projetos de inclusão e acesso à Justiça desenvolvidos nas comarcas por onde passou - e foram 11, além da atual, na capital do estado, Salvador.

    Consciente de que é parâmetro de sucesso para a raça negra, defende o sistema de cotas (mas não indefinidamente), acredita que a Lei contra o Racismo ainda não é muito bem utilizada e afirma que o preconceito existe, sim, no Brasil, apesar das tentativas de se esconder isso. "Quem quiser saber o que é ser negro, fique negro por apenas 24 horas" é sua máxima para quem duvida de que exista discriminação racial no País.

    Luislinda Valois já foi vítima de preconceito no exercício da magistratura, mas afirma que com "simplicidade, lhaneza e altivez" sempre resolveu essas situações. Seu único lamento - e desafio constante - é ainda não ter se tornado desembargadora no Tribunal de Justiça da Bahia.
    Nesta entrevista concedida por e-mail à Visão Jurídica, a juíza Luislinda Valois fala de Direito, raça, preconceito e do seu modo de ver a vida. "Sou lutadora, tenho uma vida reta", afirma a magistrada que já recebeu as alcunhas de juíza maleira, porque não tinha espaço para trabalhar; juíza euquipe, porque não tinha funcionários e Ruy Barbosa de Saia, o que dispensa explicações.

    Visão Jurídica - A senhora foi a primeira mulher negra a ser tornar juíza no Brasil. Qual o impacto disso na sua vida e na profissão?

    Luislinda Dias de Valois Santos - Não levo em conta se sou a primeira ou a última mulher negra a ser juíza no Brasil. Para mim, o que interessa é ter coragem de dizer o que precisa ser dito a tempo e a hora. E isso eu faço porque sou totalmente independente, aliás, só dependo de Deus e dos meus Orixás. Minha vida e minha profissão sempre foram, são e serão pautadas no labor pelo bem da humanidade.


    VJ - A senhora se considera um símbolo ou um exemplo para o movimento negro?

    LDVS - Não sou nem uma coisa nem outra, apenas luto e lutarei enquanto forças tiver, para ver, não apenas o negro, mas todos os excluídos - cadeirantes, gays, lésbicas, prostitutas, simpatizantes - atendidos por políticas públicas reais e verdadeiras.

    VJ - O que a motivou a escolher o Direito e a carreira da magistratura?


    LDVS - Creio que fui estimulada a fazer Direito e depois tornar-me magistrada por causa das palavras discriminatórias do meu professor, que tentou me fazer acreditar que eu seria uma boa cozinheira em virtude dos meus pais não terem comprado o material de desenho que ele havia indicado. Ditas palavras me chegaram aos ouvidos quando eu tinha apenas 9 anos de idade em plena sala de aula.

    VJ - O Judiciário brasileiro é preconceituoso? Por quê?

    LDVS - O Judiciário não é preconceituoso, apenas nos seus quadros existem, como em todas as esferas, profissionais preconceituosos.

    Vale dizer que o Judiciário brasileiro não tem o histórico de grande número de magistrados negros integrarem os seus quadros. A situação fica mais difícil quando constatamos que durante a sua existência, pelo menos que eu saiba, nenhum Tribunal pátrio teve um presidente negro, mas já é perceptível que a situação está mudando, até porque o negro está mais unido e lutando pelos seus direitos, sem esquecer suas obrigações e seus deveres.



    Todavia, quero crer que muito em breve teremos mais negros não apenas ocupando espaços de execução e apoio, mas exercendo cargos de ministros de Estado, presidentes de Tribunais, governadores, prefeitos, presidente da República, senadores, executivos de empresas multinacionais, procuradores etc., até porque também somos competentes; falta-nos apenas oportunidade.

    Mas o Judiciário também está mudando. Aqui, ali e alhures já nos deparamos com magistrados negros (ministros, desembargadores, juízes) atuando nesse grandioso e indispensável poder.

    27 de março de 2011

    Novas formas de relacionamento mudam estrutura das árvores genealógicas

    http://www.portalibahia.com.br/p/redacaoibahia/comportamento/17566-novas-formas-de-relacionamento-mudam-estrutura-das-arvores-genealogicas


    Modelo tradicional de família é superado pelas novas relações afetivas
    por Andrezza Nicolau  
    Pai, mãe e filhos sentados à mesa na hora do café da manhã. Essa é uma cena que se imagina instantaneamente quando o assunto 'família' é mencionado. Portanto, esse modelo mononuclear mudou bastante ao longo dos anos. Atualmente, as árvores genealógicas se encontram diversificadas perante o grande número de novos casamentos, divórcios, filhos, enteados, padrastos, madrastas e novas formas de relacionamento.

    Os arranjos familiares não se restringem mais ao dia a dia tradicional. Os motivos para essa mudança são muitos, não só o aumento do número de divórcios, mas também a vida profissional, que muitas vezes exige que um membro da família more em outra cidade. Casais homossexuais ganharam mais aceitação, famílias polinucleares surgem, homens se dedicam ao lar e mulheres trabalham.  O modelo do 'comercial de margarina' vive um processo de mudança radical.

    Casados em casas separadas - Mariana Costa, 21 anos, e os dois irmãos mais velhos cresceram vendo o pai morar longe de casa, em lugares diferentes, consequência da profissão de engenheiro. Os pais tiveram que se adaptar ao casamento à distância, matando a saudade duas ou três vezes ao mês. “Desde quando eram namorados, eles enfrentaram essa situação. Depois que se casaram, tudo continuou do mesmo jeito, se vendo de dois em dois meses ou de 15 em 15 dias, dependendo do lugar que meu pai estava vivendo”, conta a jovem.

    “Como eu e meus irmãos já estamos crescidos, minha mãe foi ficar perto do meu pai, na República Dominicana, o que é muito bom para os dois. A vida nessa profissão é muito sofrida, principalmente, para a família que fica longe. Não dá para os filhos ficarem a cada ano mudando de cidade”, explica. Hoje, Mariana vive em Salvador com a irmã e o irmão delas reside no Rio de Janeiro. Ela diz que sempre sentiu falta do pai por perto, mas ao mesmo tempo se acostumou com essa distância. “Independente de onde estava morando, ele sempre foi muito carinhoso e atencioso com a gente, sempre participou da nossa educação ativamente, não tenho o que reclamar dele”, ressalta a estudante.

    Meio-irmão - Os pais de Rodrigo Maciel, 22 anos, se separaram quando o jovem tinha apenas três anos. Ele conta que essa mudança não foi tão complicada por conta da pouca idade que tinha. “Sempre morei com a minha mãe e parte da família dela. Meus avós, tios e primos sempre foram muito presentes na minha vida. Nunca tive frustrações por causa da separação, mas é claro que sempre desejei que não tivesse ocorrido”, ressalta.

    Rodrigo explica que a convivência com o pai não é a melhor possível, mas também não é a pior. “Meu pai sempre morou fora de Salvador, então, não éramos tão próximos. Sempre senti a falta da figura masculina e de coisas relacionadas a pai e filho, como conversas e conselhos. Mas essa falta nunca foi um problema para mim. A ausência dele não afetou em nada na construção da minha personalidade, na verdade, até ajudou a me mostrar o certo e errado de diversas formas”.

    Atualmente, o pai de Rodrigo reside em Salvador, e os dois convivem bem, mas não com uma proximidade muito forte. Casado pela segunda vez, o pai do jovem teve outro filho, que hoje tem sete anos. Os meio- irmãos têm uma convivência muito afetiva. “Eu e meu irmão temos uma relação excelente. Sempre procuro estar com ele quando posso, independente da presença do meu pai e da sua esposa. Sei que sou muito importante na vida dele, e que ele sente orgulho em ter um irmão mais velho. Busco manter uma relação boa entre nós para que nenhum fato afete nossa convivência atual e futura, independente do meu pai”, conta Rodrigo.


    Homossexuais e felizes
     - Roque e Marco se conheceram há dois anos, através de um site de relacionamentos. Atualmente, o casal divide o mesmo teto e compartilha a vida, o dia a dia e as contas. Juntos enfrentam momentos bons e ruins como qualquer família. Os companheiros homossexuais contam que a vida não é diferente daqueles casais que escolheram viver juntos por amor.

    “Sinto que o preconceito ainda é muito forte, mesmo com os avanços. Ainda vemos direitos civis negados a casais homossexuais em uniões estáveis comprovadas, assédio moral na esfera trabalhista, entre outras situações. Ainda precisamos dar muitos passos em direção ao exercício pleno da cidadania”, afirma Roque.

    O casal conta que já conversaram muito sobre filhos e que essa é uma meta que pretendem alcançar. “Temos plenas condições de oferecer valores morais e afetivos para uma criança”, ressalta. Roque e Marco enxergam a mudança do perfil da família brasileira de forma positiva, como meio de promover direitos e garantir a equidade entre os seres. “A família é a base nuclear do sujeito, é de lá que ele irá retirar os valores que irão balizar a sua conduta de vida. A construção de uma família bem estruturada perpassa as relações de afeto entre seus constituintes. Afeto e amor não escolhe sexo, raça ou crença. Família é isto”, finaliza.

    Especialista - “As novas famílias não representam qualquer ameaça ao nosso projeto civilizador de sociedade”, é o que diz o psicólogo Alessandro Marimpietri. Segundo ele, vivemos em um cenário atual que se sustenta em alguns pilares, como supervalorização da liberdade individual; dissolução de papéis; certeza das incertezas; constantes mudanças; consumo como marca de nossa existência. Ou seja, vale tudo para tentar ser feliz, sendo as regras coletivas menos importantes do que as chances individuais. E diante disso a formação da família não ficaria intacta.

    ”Famílias polinucleares podem fazer sua função diante das crianças com a mesma, ou com mais competência do que as aprisionadas aos modelos do comercial de margarina: mononuclear, chefiada pelo homem, com filhos lindos e sustentados na tradição. Seguramente, não será essa conformação que irá assegurar saúde psíquica para os pequenos”, opina o especialista.

    20 de março de 2011

    Celular é mais contaminado que o solado dos sapatos

    Fonte: Celular é mais contaminado que o solado dos sapatos




    Na rua, nos locais de trabalho, no supermercado, emcasa, no banheiro, em qualquer lugar, o celular está ali, pronto para ser atendido. Por ser portátil e estar presente em diferentes situações do cotidiano,  ele é um objeto sujo e capaz de transmitir doenças, segundo o cientista Roberto Figueiredo, o Doutor Bactéria. O biomédico alerta que há mais bactérias em um celular do que no solado de um sapato.
    A pesquisa foi feita originalmente nos Estados Unidos e no Japão. Os cientistas japoneses classificaram o celular como um objeto de uso comum mais sujo que o estribo de ônibus (onde o passageiro apoia-se quando está de pé) e menos contaminado que teclados de computadores e carrinho de supermercado, respectivamente.
    A experiência foi repetida no Brasil pelo biomédico Roberto Figueiredo no Laboratório Microbiotécnica, em  São Paulo, e comprovou a pesquisa internacional. “As bactérias encontradas na sola de sapato são originadas do chão, fuligem e poeira, são menos perigosas que as do celular, que vêm da boca e de todos os lugares que vamos e tudo que pegamos”, explica o biomédico.
    Opiniões - Ele alerta que há, em média, dois bilhões de bactérias na boca de um ser humano e que quando falamos, lançamos saliva no celular e por isso criamos um ambiente propício à proliferação de micro-organismos.
    Os cientistas encontraram  nos aparelhos de telefone celular bactérias como a Estafilococus  aureos  que pode causar  doenças como a otite  – inflamação do ouvido causadora de dores intensas – , conjuntivite, intoxicação alimentar e sinusite. Outra bactéria encontrada foi a Salmonela, que  pode causar diarreia, vômito e febre .
    “Se a gente tá pegando na carne e o celular toca, atendemos, se estamos no banheiro, pegamos no celular e lavamos a mão e o aparelho não lavamos  depois”, comenta. 
    Para evitar que o aparelho se torne o habitat de companheiros indesejáveis, o cientista recomenda uma “faxina” semanal. Mas, para quem é da área de saúde, a limpeza deve ser diária.
    “O uso de algodão umedecido com álcool isopropílico já faz a limpeza. Não é para afogar a bactéria, é só um contato e que não vai danificar o utensílio”, brinca o especialista.
    O estudante de mecânica Raimundo Barbosa, 29 anos,  diz que “é impossível  bactéria assim”. “O sapato vai em todos os lugares também e até em banheiro público”, comenta. Barbosa contou que usa a camisa para a limpeza do  aparelho.
    “A gente pega no dinheiro, vai no banheiro e às vezes não lava a mão e pega no celular. É claro que é bem sujo”, opina a auxiliar de escritório, Josineide Silva, também de 29 anos.